segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Sabará 01 - MG - Brasil





Sabará é um município do estado de Minas Gerais, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sua população em 2010 era de 126.219 habitantes. É constituído pelos distritos de Ravena, Carvalho de Brito e Mestre Caetano. Sabará possui alguns trechos históricos preservados, especialmente no centro da cidade. Na Rua Pedro II, antiga Rua Direita, encontram-se alguns casarões, especialmente do século XIX. Destaca-se o Solar do Padre Correa ou de Jacinto Dias construído em 1773, que possui escadarias de madeira de jacarandá e talha da terceira fase do Barroco Mineiro, onde funciona hoje a prefeitura. Ali já se hospedaram figuras ilustres como dom Pedro I e dom Pedro II. Seu antigo proprietário, o padre José Correa da Silva, era suspeito de ser inconfidente e assim, provavelmente, as paredes dessa casa devem ter escutado muito xingamento contra a Coroa e o governador Cunha Menezes; o Fanfarrão Minésio ridicularizado nas Cartas Chilenas de Tomas Antônio Gonzaga. Outra construção do século XVIII é a chamada Casa Azul, onde nos dias de hoje funciona uma repartição pública federal. Tem ainda outra atração que é a chamada Casa Borba Gato. O nome é um chamariz turístico tomado da rua onde o casarão está situado; ao contrário do que este sugere, o famoso desbravador do Sabarabuçu nunca morou ali. Trata-se da antiga Rua da Cadeia que foi rebatizada com o nome do bandeirante em 1911. A casa, construída pela família Guimarães em 1814, já foi hotel, escola, casa de padre e, hoje, é uma instituição do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional voltada para a preservação do patrimônio histórico da cidade. Sabará possui ainda muitos antigos chafarizes, sendo os mais conhecidos o do Kaquende, construído em 1757 na Rua São Pedro no antigo centro comercial da cidade, o do Rosário, instalado ao lado da igreja de mesmo nome na Praça Melo Viana, e o da Corte Real. Sabará possui um dos mais notáveis acervos de igrejas setecentistas de Minas: Nossa Senhora do Ó de 1717, uma das mais representativas do barroco mineiro, possui influência chinesa em sua arquitetura externa e na decoração interna, o seu nome é devido às ladainhas de Nossa Senhora que sempre começam com o Ó e seguem com algum louvor ou agradecimento; Nossa Senhora da Conceição de 1710, matriz da cidade, localizada na praça Getúlio Vargas (cidade antiga); Nossa Senhora do Carmo de 1763, com várias obras de Aleijadinho; Nossa Senhora das Mercês de 1781 (na primeira imagem do artigo) dos homens pardos, com linhas arquitetônicas simples, sem ornamentações internas, mas localizada em lugar privilegiado na composição da paisagem urbana; Nossa Senhora do Rosário de 1713, inacabada pelos escravos da irmandade dos homens pretos da Barra do Sabará, os quais a construíam e pararam por falta de recursos; Igreja de Nossa Senhora da Assunção, no distrito de Ravena, também do século XVIII e que em 2010 passa por um processo de recuperação pelo IEPHA; São Francisco de 1781, além de várias capelas.

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