sábado, 16 de janeiro de 2010

Pitons 01 - Santa Lúcia - Caribe





Santa Lúcia é um pequeno país insular no Mar do Caribe, na América Central. Possui um elevado índice de desenvolvimento humano e uma alta taxa de alfabetização, se comparado a outros países da América Central. Como na maioria dos governos daquela porção do continente, a economia de Santa Lúcia gira em torno da agroexportação e do turismo.

Apesar de ter apenas 620 km², a ilha tem cerca de 160 mil habitantes fixos, um terço deles na capital Castries, que se comparado nas devidas proporções, possui uma estrutura parecida com a de grandes metrópoles, como Nova York. Dos outros 16 municípios, o mais populoso é Soufriére, que recebe uma maioria esmagadora dos turistas que vistam Santa Lúcia. É em Soufrière que estão os Pitons.

O principal ponto turístico de Santa Lúcia são dois picos de origem vulcânica localizados na costa sudoeste da ilha. Cada um desses picos recebeu um nome, sendo Gros Piton o com 771 metros de altura e Petit Piton o com 743 metros. Esses cumes são ligados por um tipo de crista, um entremeio, chamado de Piton Mitan.

Em 2004, os Pitons foram declarados como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, não apenas pelas montanhas, mas também pela área em torno delas. A partir daí, o local passou a ser conhecido como Área de Gestão Ambiental dos Pitons, pois, tanto a floresta terrestre quanto a área marinha próxima possuem uma grande importância ecológica.

A vegetação terrestre é típica de floresta tropical, um delicado bioma composto por uma grande variedade de espécies, que contrasta com a pobreza do solo, que é basicamente composto por uma camada de areia. Já foram registradas 148 espécies de plantas em Gros Piton e 97 em Petit Piton e Piton Mitan. Oito destas espécies são extremamente raras e duas são endêmicas: os arbustos Acalypha elizabethae e Bernardia laurentii, só podem ser encontrado no cume do Petit Piton.

A vegetação na área da Pitons abriga 27 espécies de aves, sendo cinco delas endêmicas, oito répteis, três anfíbios e dentro da classe dos mamíferos são encontrados três espécies de roedores, uma espécie de gambá e três espécies de morcegos.

A Área de Gestão Marinha dos Pitons é ainda mais rica, quando se trata de vida animal e vegetal. Na base das montanhas se encontram recifes de coral de franja, ou seja, recifes ligados diretamente à terra, que se estendem por 11 km de extensão na orla de Santa Lúcia e chegam, pela plataforma continental (zona imersa que começa da praia e declina suavemente), a até 75 metros de profundidade.

Esses recifes são o habitat de 168 espécies de peixes, 60 espécies cnidárias, como as águas vivas e os próprios corais, 15 espécies equinodermes, 15 espécies artrópodes, 14 espécies poríferas, oito espécies anelídeas e oito espécies de moluscos. Na costa podem ser encontradas as criticamente ameaçadas de extinção tartarugas-de-pente (Eretmochelys imbricata) e mais longínquamente, nas profundezas, os gigantescos tubarões-baleia (Rhincodon typus), o maior peixe do mundo, e a baleia-piloto (Globicephala).

Os Pitons são definitivamente o símbolo de Santa Lúcia: a própria bandeira nacional retrata a formação geológica. Aquelas montanhas formaram o famoso Centro Vulcânico de Soufrière, onde são encontradas fumarolas (fendas de onde são expelidos gases de origem vulcânica), fontes termais, crateras de explosão (abertura no cume de um pico resultante de uma erupção vulcânica violenta), depósitos piroclásticos (sedimentos originários das atividades vulcânicas, que no caso dos Pitons são grandes áreas de pedra pomes e cinzas), assim como fluxos de lava. Esse conjunto mostra que o antigo vulcão era composto de andesito, um tipo de rocha magmática cinzenta altamente empregada na construção de diques e cais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário