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terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Arquipélago de Berlengas 01 - Portugal
O Arquipélago das Berlengas é situado a aproximadamente 15 quilômetros de Peniche, cidade costeira de Portugal. É constituído por três grupos de ilhéus: Berlenga Grande, Estelas e Farilhões. A única ilha habitável é Berlenga Grande, cuja ocupação humana remonta à Antiguidade.
Berlenga Grande, com 0,788 km², é constituída basicamente de granito rosa. Tem sido habitada desde cerca de mil anos antes de Cristo e já foi chamada de Ilha de Sonho e Ilha de Saturno pelos geógrafos da Antiguidade. Já foi visitada por romanos, vikings, mouros e corsários franceses e ingleses.
Em 1513, com o apoio da rainha D. Leonor, monges da Ordem de São Jerónimo, uma ordem religiosa monacal católica, fundaram em Berlenga Grande o Mosteiro da Misericórdia, com o objetivo de oferecer auxílio às constantes vítimas de naufrágios. Acabaram não ficando por lá muito tempo, pois foram vencidos pela doença, pelas condições inóspitas, pelo isolamento e pelos assaltos de piratas e corsários que assolavam as costas da península Ibérica.
Berlenga Grande passou, então, após ter sido abandonada pelos monges, cerca de um século sem a interferência humana. Foi durante o governo de D. João IV (1640-1656) que o Conselho de Guerra de Portugal determinou a demolição das ruínas do mosteiro abandonado e utilizasse as pedras na construção de uma fortificação para a defesa do arquipélago, considerado um ponto estratégico do litoral português.
Não se sabe a data de início da construção do forte, mas sabe-se que em 1655 ele não estava pronto e já sofreu seu primeiro assalto: três embarcações turcas tentaram bombardear a construção, mas, por incrível que pareça, não obtiveram sucesso. O Forte de São João Baptista das Berlengas, como ficou conhecido, foi um ponto importante de decisão favorável para as batalhas contra Portugal. Numa delas, em 1666, aproximadamente 20 soldados sobre o comando da Coroa Portuguesa deteram uma esquadra espanhola com mais de 500 soldados. A única vez que o forte não saiu vitorioso foi na Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), quando o partido constitucionalista venceu o partido absolutista.
No século XIX, o Forte de São João Baptista das Berlengas sofreu obras de restauração, com a reedificação do Mosteiro da Misericórdia em seu interior. Em 1847, diante da evolução das armas bélicas, o forte foi desativado e passou a ser utilizado como base de apoio para a pesca comercial. Em meados do século XX foi parcialmente restaurado e aberto ao turismo, sendo adaptado como uma pousada e hoje funciona como uma casa-abrigo, sob a gestão da Associação dos Amigos das Berlengas.
O Farol Duque de Bragança é, também, um ponto de referência em Berlenga Grande. Entrou em funcionamento em 1842 e está instalado numa torre de 29 metros de altura. A partir de 2000, passou a funcionar utilizando energia acumulada durante o dia através de vários painéis solares. O farol rotativo possui um alcance luminoso estimado de 20 milhas náuticas, ou seja, aproximadamente 37,04 quilômetros.
Apesar de Berlenga Grande ocupar 2/3 da superfície do Arquipélago das Berlengas e ser a única ilha habitável, as ilhas Estelas e Farilhões, também conhecida como Farilhões-Forcados, apresentam, juntamente com a ilha principal, um grande, importante e rico habitat para as mais variadas espécies. Existem mais de uma centena de espécies botânicas no arquipélago. Três delas merecem destaque, pois são endêmicas, isto é, só existem naquele lugar do mundo.
A Armeria berlengensis é um pequeno arbusto muito ramoso, que se distribui pela orla das ilhas. Suas flores, de cor-de-rosa pálido, florescem entre abril e maio. Herniaria berlengiana é uma planta pequena, que cresce muito pouco em relação ao solo. Possui folhas pequenas e espessas, que, quando secam, ficam vermelhas. Pulicaria microcephala é uma planta muito ramificada. Suas pequenas flores amarelas surgem entre maio e julho. Para além das espécies vegetais que ocupam a parte terrestre do arquipélago, há de se mencionar as muitas espécies de algas, microscópicas e que podem ser vistas a olho nu, que são componentes fundamentais nas cadeias alimentares dos seres dessa região.
No tocante à fauna terrestre destacam-se a lagartixa-de-bocage (Podarcis bocagei) e o sardão (Lacerta lepida), que pode chegar a 90 centímetros. Esta última espécie vive ameaçada pela grande população de aves. Berlenga é um dos principais pontos de nidificação de aves marinhas e não-marinhas da península Ibérica. O airo (Uria aalgae), que pelo aspecto exterior lembra um pingüim, é uma das mais comuns. E por isso se tornou o símbolo da Reserva Natural das Berlengas.
(Fonte http://www.milmaravilhas.net/arquipelago-das-berlengas/ )
Berlenga Grande, com 0,788 km², é constituída basicamente de granito rosa. Tem sido habitada desde cerca de mil anos antes de Cristo e já foi chamada de Ilha de Sonho e Ilha de Saturno pelos geógrafos da Antiguidade. Já foi visitada por romanos, vikings, mouros e corsários franceses e ingleses.
Em 1513, com o apoio da rainha D. Leonor, monges da Ordem de São Jerónimo, uma ordem religiosa monacal católica, fundaram em Berlenga Grande o Mosteiro da Misericórdia, com o objetivo de oferecer auxílio às constantes vítimas de naufrágios. Acabaram não ficando por lá muito tempo, pois foram vencidos pela doença, pelas condições inóspitas, pelo isolamento e pelos assaltos de piratas e corsários que assolavam as costas da península Ibérica.
Berlenga Grande passou, então, após ter sido abandonada pelos monges, cerca de um século sem a interferência humana. Foi durante o governo de D. João IV (1640-1656) que o Conselho de Guerra de Portugal determinou a demolição das ruínas do mosteiro abandonado e utilizasse as pedras na construção de uma fortificação para a defesa do arquipélago, considerado um ponto estratégico do litoral português.
Não se sabe a data de início da construção do forte, mas sabe-se que em 1655 ele não estava pronto e já sofreu seu primeiro assalto: três embarcações turcas tentaram bombardear a construção, mas, por incrível que pareça, não obtiveram sucesso. O Forte de São João Baptista das Berlengas, como ficou conhecido, foi um ponto importante de decisão favorável para as batalhas contra Portugal. Numa delas, em 1666, aproximadamente 20 soldados sobre o comando da Coroa Portuguesa deteram uma esquadra espanhola com mais de 500 soldados. A única vez que o forte não saiu vitorioso foi na Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), quando o partido constitucionalista venceu o partido absolutista.
No século XIX, o Forte de São João Baptista das Berlengas sofreu obras de restauração, com a reedificação do Mosteiro da Misericórdia em seu interior. Em 1847, diante da evolução das armas bélicas, o forte foi desativado e passou a ser utilizado como base de apoio para a pesca comercial. Em meados do século XX foi parcialmente restaurado e aberto ao turismo, sendo adaptado como uma pousada e hoje funciona como uma casa-abrigo, sob a gestão da Associação dos Amigos das Berlengas.
O Farol Duque de Bragança é, também, um ponto de referência em Berlenga Grande. Entrou em funcionamento em 1842 e está instalado numa torre de 29 metros de altura. A partir de 2000, passou a funcionar utilizando energia acumulada durante o dia através de vários painéis solares. O farol rotativo possui um alcance luminoso estimado de 20 milhas náuticas, ou seja, aproximadamente 37,04 quilômetros.
Apesar de Berlenga Grande ocupar 2/3 da superfície do Arquipélago das Berlengas e ser a única ilha habitável, as ilhas Estelas e Farilhões, também conhecida como Farilhões-Forcados, apresentam, juntamente com a ilha principal, um grande, importante e rico habitat para as mais variadas espécies. Existem mais de uma centena de espécies botânicas no arquipélago. Três delas merecem destaque, pois são endêmicas, isto é, só existem naquele lugar do mundo.
A Armeria berlengensis é um pequeno arbusto muito ramoso, que se distribui pela orla das ilhas. Suas flores, de cor-de-rosa pálido, florescem entre abril e maio. Herniaria berlengiana é uma planta pequena, que cresce muito pouco em relação ao solo. Possui folhas pequenas e espessas, que, quando secam, ficam vermelhas. Pulicaria microcephala é uma planta muito ramificada. Suas pequenas flores amarelas surgem entre maio e julho. Para além das espécies vegetais que ocupam a parte terrestre do arquipélago, há de se mencionar as muitas espécies de algas, microscópicas e que podem ser vistas a olho nu, que são componentes fundamentais nas cadeias alimentares dos seres dessa região.
No tocante à fauna terrestre destacam-se a lagartixa-de-bocage (Podarcis bocagei) e o sardão (Lacerta lepida), que pode chegar a 90 centímetros. Esta última espécie vive ameaçada pela grande população de aves. Berlenga é um dos principais pontos de nidificação de aves marinhas e não-marinhas da península Ibérica. O airo (Uria aalgae), que pelo aspecto exterior lembra um pingüim, é uma das mais comuns. E por isso se tornou o símbolo da Reserva Natural das Berlengas.
(Fonte http://www.milmaravilhas.net/arquipelago-das-berlengas/ )
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