Ankara, antigamente Angorá ou Engürü, é a capital da Turquia e a segunda maior cidade do país, apenas atrás de Istambul, cidade que ainda era capital nos princípios do século XX. A cidade tem uma população de 4 513 921 habitantes (em 2009), e uma altitude média de 938 m de altitude. Faz parte da região da Anatólia Oriental e é capital da área metropolitana e da província com o mesmo nome. Os romanos chamavam-lhe Ancyra.
Ankara é uma importante cidade comercial, industrial e cultural e se desenvolve muito ultimamente. Também serve como centro de comércio para a zona agrícola que a rodeia. Antes de tornar-se capital do país, a cidade era famosa pela lã das suas cabras (lã de Angorá, antigo nome da cidade). Na atualidade é a sede do Parlamento Turco, os ministérios e demais instituições governamentais turcas assim como as embaixadas diplomáticas estrangeiras.
Localizada no centro da Anatólia, é uma importante encruzilhada tanto em sentido figurativo, pelo comércio, como literalmente por ser o centro das redes de auto-estradas e ferrovias do país. Aloja várias universidades, a Biblioteca Nacional, o Museu Arqueológico, o Museu Etnográfico e o Museu das Civilizações da Anatólia. O Mausoléu de Kemal Atatürk — Antkabir -, a figura mais importante da Turquia do século XX, também está localizado em Ancara.
A entrada da cidade de Ancara na história remonta à Idade do Bronze e ao surgimento da civilização Hatti. Dois mil anos antes de Cristo, chegaram os hititas, depois seriam os frígios, os lídios e os persas, os gregos, comandados por Alexandre, o grande, Alexandre conquistou a cidade em 333 a.C. vindo de Gordium, ficando lá por um tempo. Segundo Pausânias, uma cidade frígia, com o nome de Ancyra, foi fundada por Midas, filho de Górdio. O nome da cidade vem de uma âncora (Ancyra) que Midas encontrou no lugar e que ainda existia no santuário de Zeus no século II d.C. Na cidade também existia uma fonte (fonte de Midas), cuja água o rei misturou com vinho para capturar Sileno, seguidor de Dionísio. No século III a.C., os gálatas, um povo celta, após invadirem a Grécia, atravessarem o mar e serem expulsos da costa por Pérgamo, estabeleceram sua capital em Ancara. Os gálatas se dividiam em três tribos; os trocmnos ficaram com Ancara, os tolistóbogos em Távia e os tectósagos em Pessino. Ancara e Pessino foram posteriormente conquistadas por Pérgamo. Conquistada mais tarde pelos romanos, em 189 a.C., tornando-se a capital da província de Galácia e posteriormente passando a ser uma importante localidade bizantina, no ano de 1073, quando o sultão seljúcida Alparslan, conquista Ancara, terminando com uma larga dominação seljúcidas e otomanos no inicio do século XX.
Ohran I, o segundo bey (chefe) do Império Otomano, conquista a cidade em 1356. O momento da fundação da República da Turquia, Ancara não era mais do que uma pequena população que não superava os 15 000 habitantes. Apesar disso, foi designada como capital, enquanto Istambul se encontrava ocupada pelos aliados entre 1919 e 1922. Traz o fim da Guerra de independência turca (13 de outubro de 1923), Ancara continuo sendo a capital por desejo expresso do fundador da República Turca, Mustafá Kemal Atatürk, que chefiou as operações contra a ocupação dos aliados na mesma cidade, que evitava deste modo a excessiva vulnerabilidade geo-estratégica da cidade de Istambul.
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