Ir a Morro do Chapéu e não conhecer a gruta dos Brejões é como ir a Salvador e não provar um acarajé. Um dos grandes atrativos da cidade sem dúvida alguma, a gruta é também uma das mais notáveis do Brasil. Seus 7.750 metros de extensão as colocam entre as 15 maiores do país em amplitude. Sua entrada principal, com 60 metros de largura e 123 de altura, é a segunda mais alta boca de caverna do país (a primeira fica em São Paulo); pico perfeito para a prática de rapel. Desenvolvida ao longo da drenagem do rio Jacaré, em rochas calcárias, Brejões é o paraíso do ecoturismo na região e oferece opções variadas para todos os gostos: represas de travertinos, cascatas de pedra, cortinas, colunas, clarabóias, salões em diferentes níveis topográficos, estalactites e estalagmites com até 12 metros de altura, galerias, lagos e trechos do Rio Jacaré que submerge no interior da caverna, propiciando deliciosos mergulhos. A luz natural só alcança os primeiros 150 metros e o resultado é um cenário deslumbrante de formas e cores. Importante sítio paleontológico, a caverna é muito procurada por romeiros imbuídos da fé religiosa graças à existência, em seu interior, de um altar, cruzeiro, imagens de santos e locais de oferendas. Para embarcar nesta aventura, é necessário levar lanterna, cantil e lanche para o tempo de permanência na área, pois não há qualquer infra-estrutura de apoio num raio de cem quilômetros. A partir da cidade de Morro do Chapéu, chega-se à Gruta dos Brejões pela rodovia BA-426, via Várzea Nova, Lages do Batata (até aqui, 34 quilômetros de asfalto e o restante em estrada de terra, recomendada apenas para carros de tração), Ourolândia e fazenda Mulungu da Gruta, num total de 180 quilômetros.
