A cidade de Congonhas do Campo é formada por três distritos: O distrito de Congonhas (distrito-sede), Alto Maranhão e Lobo Leite. A região é atravessada pelo Rio Maranhão (em cujas margens se fundou o arraial primitivo), que recebe as águas dos córregos Santo Antônio, Goiabeiras e Soledade. É do encontro do rio Maranhão com o córrego Santo Antônio que tem-se início o Rio Paraopeba. O solo é rico em minério de ferro de alto teor, sendo que no passado também já foi expressiva a mineração em busca de ouro, metal encontrado até nos dias atuais, apesar de não ser em escala industrial.
Situada a setenta quilômetros de Belo Horizonte, Congonhas do Campo possui um expressivo conjunto de riqueza barroca do maior artista do gênero no Brasil: Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido pelo apelido de Aleijadinho. No adro do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, Aleijadinho esculpiu em pedra-sabão as famosas imagens de doze profetas em tamanho real que são visitadas anualmente por milhares de turistas do Brasil e de todo o mundo.
Além disto, as seis capelas que compõem o Jardim dos Passos em frente à basílica representam a Via Sacra com belíssimas imagens esculpidas em cedro também por este grande artista barroco. Em 1985, todo este conjunto foi tombado pela UNESCO e transformado em patrimônio cultural da humanidade.
Os principais atrativos de Congonhas do Campo são: Basílica Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, Romaria, Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Igreja do Rosário, museu da Imagem e Memória e o Parque da Cachoeira.
Antes de ser a "Cidade dos Profetas", foi e ainda é um grande centro de peregrinação. Todo ano, o município reúne milhares de fiéis em busca de cura das suas aflições. São, aproximadamente, cinco milhões de peregrinos que visitam Congonhas do Campo entre sete e catorze de setembro, período em que é comemorado no município o jubileu do Senhor Bom Jesus do Matozinhos.
O município possui como maior fonte de renda a extração mineral e a indústria metalúrgica com destaque para a mina de Casa de Pedra (Companhia Siderúrgica Nacional - CSN), a Mina da Fábrica (antiga Ferteco Mineração S/A, hoje incorporada à Vale e a Mina Viga (que atualmente pertence à Ferrous).
Teve origem em 1757 quando foi fundado o Santuário, por Feliciano Mendes, de Guimarães, nascido em Portugal, de início modesta cruz e oratório; ele era tão pobre que até morrer, em 1765, pedia esmolas. Contribuíram com grandes quantias Francisco de Lima; Manuel Rodrigues Coelho, Bernardo Pires da Silva, de modo que se começou a nave central da igreja; em 1787 foi colocada diante do altar-mor a imagem do Cristo morto; custódia e vasos sacros de prata foram encomendados ao ourives Felizardo Mendes. Em 1819 requisitaram-se os serviços do pintor Manuel da Costa Ataíde para restaurar pintura da capela-mor. De 1769 a 1772 trabalhou ali o mestre João de Carvalhais.
Em 1812 o barão Wilhelm Ludwig Von Eschwege instalou no arraial, com a intenção pioneira no país de produzir ferro, sua Fábrica Patriotica, com Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen e o intendente Câmara, sendo tal local situado às margens da rodovia BR 040, nas proximidades da Mina da Fábrica.
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