Marselha (em francês Marseille e em provençal Marselha; antigamente conhecida como Massalia - do grego: Μασσαλία) é a segunda maior cidade de França e a mais antiga cidade francesa. Localizada na antiga província da Provença e na costa do Mediterrâneo, é o maior porto comercial do país. A população municipal é 852.395 habitantes (censo de 2007 - INSEE) distribuídos por 240,62 km², que atinge 1.601.095 habitantes (censo de 2006 - INSEE) na região metropolitana (equivalente a aire urbaine em francês - área urbana) de Marselha-Aix-en-Provence em 2.830,2 km², a terceira mais populosa da França após Paris e Lyon.
Marselha é a capital administrativa da região (préfecture de région) de Provence-Alpes-Côte d'Azur e do departamento (préfecture départementale) de Bouches-du-Rhône (Bocas do Ródano). Foi povoada pelos gregos no século VII a.C. e passou para o domínio romano em 49 a.C.
Diversos achados e estudos arqueológicos de diferentes assentamentos comprovam a presença humana de maneira contínua em Marsella desde a pré-história. As pinturas rupestres paleolíticas na Caverna de Cosquer, próximo ao calanque de Morgiou, datadas entre 27000 e 19000 a. C., atestam a presença humana na área de Marselha há mais de 30.000 anos. No sítio arqueológico da colina de Saint-Charles, no centro urbano, recentes escavações têm encontrado ruínas de moradias e construções de tijolo de barro e terra modelada do neolítico, cerca de 6.000 a.C.. Estas técnicas de construção poderiam confirmar as teorias de John Guilaine sobre a propagação da cultura neolítica através da migração de povos do Oriente Médio através do Mediterrâneo.
A cidade de Marselha propriamente dita foi fundada em 600 a.C. pelos gregos de Foceia, na península de Anatólia, (como mencionado por Tucídides Bk1,13) como um porto comercial sob o nome de Μασσαλία (Massalia). Embora as circunstâncias e a data precisa da fundação desta colônia continuam imprecisas, a lenda sobrevive.
O desenvolvimento posterior de Massalia, que atingiria um significativo número habitantes e a categoria de pólis (cidade-estado), a transformou em um porto grego de referência na Europa Ocidental. Mais adiante se aliou, porproteção, a República Romana em suas disputas com etruscos, celtas e cartagineses. Esta aliança fez a colônia grega prosperar graças a sua posição como ponte de comércio entre Roma e os povos do interior da Gália, facilitando o intercâmbio de bens manufaturados, escravos e, particularmente, de vinho, cuja elaboração e cultivo em Marselha remonta ao século IV a. C., como demonstram a escavações na colina de Saint-Charles com a descoberta de substratos de viticultura, os mais antigos descobertos na França. Em 49 a. C., como consequência de seu apoio ao partido de Pompeu o Grande em sua disputa com Júlio César, foi anexada a Roma por este último após vencer e capturar a sua frota, adotando o nome latino de Massilia.
A administração romana manteve a fundação construída pelos gregos, como atestam os achados arqueológicos que mostram também trabalhos de ampliação e obras de infraestruturas inovadoras dos romanos, como o esgoto, do qual Marselha foi a primeira vila na Gália a ser equipada. Pátria do famoso marinheiro Piteas, Massilia foi controlada por um conselho de 15 senadores eleitos entre os 600 do Senado, embora o poder executivo fosse desempenhado por apenas três deles.
De acordo com a tradição católica, Maria Madalena difundiu o cristianismo na Provença a partir de Massilia junto com Lázaro de Betânia, que seria, segundo alguns autores, o primeiro bispo da diocese de Marselha. Do período de expansão cristã se conserva o epitáfio dos prováveis mártires Volusiano e Fortunato, considerada a mais antiga das inscrições cristãs.
Durante a primeira metade do século XX, Marselha comemorou seu status de porto do Império na exposição colonial de 1906 e 1922, a monumental escadaria na estação de trem, glorificando as conquistas coloniais francesas, datam desta época. Em 1934, Alexandre I da Iugoslávia chegou ao porto para se reunir com o ministro das relações exteriores francês Louis Barthou, porém, foi ali assassinado por Vlado Chernozemski.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade foi bombardeada pela Alemanha e Itália em 1940. Foi ocupada pelos alemães entre novembro de 1942 e agosto de 1944. Uma grande parte do centro antigo da cidade foi dinamitado num enorme projeto de limpeza, com o objetivo de reduzir as possibilidades de ocultar membros da suposta resistência, que operavam nos edifícios antigos de grande densidade de população. Os governos da Alemanha Oriental, Alemanha Ocidental e Itália pagaram enormes reparações, acrescidas de juros, para indenizar civis mortos, feridos ou que ficaram sem-teto ou indigentes como consequência da guerra, e para a reconstrução da cidade.
A partir da década de 1950, a cidade serviu como porto de entrada na França de mais de um milhão de imigrantes. Em 1962, houve um grande fluxo após a independência da Argélia, que incluiu uns 150.000 Pieds-Noirs, que se estabeleceram em Marselha, um número considerável para uma cidade grande que já atravessa uma crise econômica. Muitos dos imigrantes permaneceram e tem dado a cidade um vibrante barro africano com um grande mercado.
O território de Marselha forma uma espécie de anfiteatro, bloqueado pelo mar a oeste, pelos calanques ao sul com o Maciço de Marseilleveyre, pela Costa Azul ao norte com a vila de l'Estaque (imortalizado pelo pintor Paul Cézanne) e pelos maciços de l'Étoile e Garlaban a nordeste. A cidade se estende por uma faixa de 57 km² ao longo do Mediterrâneo.
Quase metade da superfície da comuna está em território natural não urbanizável e a cidade se espalha por uma área extremamente grande, a quinta maior comuna da França metropolitana. Assim, sua densidade (3.542 hab./km²) é bem inferior ao das cidades totalmente urbanizada, como Lyon (9.867 hab./km²) ou Paris (20.807 hab./km ²), mas comparável a de Toulouse (3.715 hab./km²). Se for considerada apenas a sua área habitável, cerca de 150 km², a densidade atinge 5.683 hab./km².
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Marselha
Marselha é a capital administrativa da região (préfecture de région) de Provence-Alpes-Côte d'Azur e do departamento (préfecture départementale) de Bouches-du-Rhône (Bocas do Ródano). Foi povoada pelos gregos no século VII a.C. e passou para o domínio romano em 49 a.C.
Diversos achados e estudos arqueológicos de diferentes assentamentos comprovam a presença humana de maneira contínua em Marsella desde a pré-história. As pinturas rupestres paleolíticas na Caverna de Cosquer, próximo ao calanque de Morgiou, datadas entre 27000 e 19000 a. C., atestam a presença humana na área de Marselha há mais de 30.000 anos. No sítio arqueológico da colina de Saint-Charles, no centro urbano, recentes escavações têm encontrado ruínas de moradias e construções de tijolo de barro e terra modelada do neolítico, cerca de 6.000 a.C.. Estas técnicas de construção poderiam confirmar as teorias de John Guilaine sobre a propagação da cultura neolítica através da migração de povos do Oriente Médio através do Mediterrâneo.
A cidade de Marselha propriamente dita foi fundada em 600 a.C. pelos gregos de Foceia, na península de Anatólia, (como mencionado por Tucídides Bk1,13) como um porto comercial sob o nome de Μασσαλία (Massalia). Embora as circunstâncias e a data precisa da fundação desta colônia continuam imprecisas, a lenda sobrevive.
O desenvolvimento posterior de Massalia, que atingiria um significativo número habitantes e a categoria de pólis (cidade-estado), a transformou em um porto grego de referência na Europa Ocidental. Mais adiante se aliou, porproteção, a República Romana em suas disputas com etruscos, celtas e cartagineses. Esta aliança fez a colônia grega prosperar graças a sua posição como ponte de comércio entre Roma e os povos do interior da Gália, facilitando o intercâmbio de bens manufaturados, escravos e, particularmente, de vinho, cuja elaboração e cultivo em Marselha remonta ao século IV a. C., como demonstram a escavações na colina de Saint-Charles com a descoberta de substratos de viticultura, os mais antigos descobertos na França. Em 49 a. C., como consequência de seu apoio ao partido de Pompeu o Grande em sua disputa com Júlio César, foi anexada a Roma por este último após vencer e capturar a sua frota, adotando o nome latino de Massilia.
A administração romana manteve a fundação construída pelos gregos, como atestam os achados arqueológicos que mostram também trabalhos de ampliação e obras de infraestruturas inovadoras dos romanos, como o esgoto, do qual Marselha foi a primeira vila na Gália a ser equipada. Pátria do famoso marinheiro Piteas, Massilia foi controlada por um conselho de 15 senadores eleitos entre os 600 do Senado, embora o poder executivo fosse desempenhado por apenas três deles.
De acordo com a tradição católica, Maria Madalena difundiu o cristianismo na Provença a partir de Massilia junto com Lázaro de Betânia, que seria, segundo alguns autores, o primeiro bispo da diocese de Marselha. Do período de expansão cristã se conserva o epitáfio dos prováveis mártires Volusiano e Fortunato, considerada a mais antiga das inscrições cristãs.
Durante a primeira metade do século XX, Marselha comemorou seu status de porto do Império na exposição colonial de 1906 e 1922, a monumental escadaria na estação de trem, glorificando as conquistas coloniais francesas, datam desta época. Em 1934, Alexandre I da Iugoslávia chegou ao porto para se reunir com o ministro das relações exteriores francês Louis Barthou, porém, foi ali assassinado por Vlado Chernozemski.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade foi bombardeada pela Alemanha e Itália em 1940. Foi ocupada pelos alemães entre novembro de 1942 e agosto de 1944. Uma grande parte do centro antigo da cidade foi dinamitado num enorme projeto de limpeza, com o objetivo de reduzir as possibilidades de ocultar membros da suposta resistência, que operavam nos edifícios antigos de grande densidade de população. Os governos da Alemanha Oriental, Alemanha Ocidental e Itália pagaram enormes reparações, acrescidas de juros, para indenizar civis mortos, feridos ou que ficaram sem-teto ou indigentes como consequência da guerra, e para a reconstrução da cidade.
A partir da década de 1950, a cidade serviu como porto de entrada na França de mais de um milhão de imigrantes. Em 1962, houve um grande fluxo após a independência da Argélia, que incluiu uns 150.000 Pieds-Noirs, que se estabeleceram em Marselha, um número considerável para uma cidade grande que já atravessa uma crise econômica. Muitos dos imigrantes permaneceram e tem dado a cidade um vibrante barro africano com um grande mercado.
O território de Marselha forma uma espécie de anfiteatro, bloqueado pelo mar a oeste, pelos calanques ao sul com o Maciço de Marseilleveyre, pela Costa Azul ao norte com a vila de l'Estaque (imortalizado pelo pintor Paul Cézanne) e pelos maciços de l'Étoile e Garlaban a nordeste. A cidade se estende por uma faixa de 57 km² ao longo do Mediterrâneo.
Quase metade da superfície da comuna está em território natural não urbanizável e a cidade se espalha por uma área extremamente grande, a quinta maior comuna da França metropolitana. Assim, sua densidade (3.542 hab./km²) é bem inferior ao das cidades totalmente urbanizada, como Lyon (9.867 hab./km²) ou Paris (20.807 hab./km ²), mas comparável a de Toulouse (3.715 hab./km²). Se for considerada apenas a sua área habitável, cerca de 150 km², a densidade atinge 5.683 hab./km².
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Marselha
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