sábado, 28 de novembro de 2009

Sipadan 01 - Malásia - Ásia






Sipadan é a única ilha oceânica da Malásia. Foi formada por corais vivos que cresceram no topo de um vulcão cônico extinto, numa ação que levou milhares de anos para acontecer. Sipadan, no Mar das Celebes, está no coração da região biogeográfica Indo-Pacífico, o centro de um dos habitats marinhos mais ricos do mundo: mais de 3.000 espécies de peixes e milhares de espécies de corais já foram classificadas naquele ecossistema.

No passado, a ilha era centro de uma disputa territorial entre Malásia e Indonésia. O caso foi trazido para a adjudicação da Corte Internacional de Justiça e, no fim de 2002, a Corte tomou a decisão de incorporar a ilha ao território malásio. As Filipinas também tentaram intervir no caso, alegando que Sipadan era, na verdade, “Bornéu do Norte”, mas o pedido foi ignorado. Em 23 de abril de 2000, 21 pessoas foram seqüestradas pelo grupo terrorista filipino Abu Sayyaf. Os terroristas armados chegaram de barco e forçaram 10 turistas e 11 trabalhadores a embarcarem e levaram as vítimas para Mindanao, a segunda maior ilha das Filipinas. Todas as vítimas foram libertadas.

Jacques-Yves Cousteau (1910-1997), o mundialmente renomado oceanógrafo, descreveu Pulau Sipadan (Ilha Sipadan) como uma “peça de arte intocada”, enquanto mergulhadores de todo o planeta votaram na ilha como o melhor lugar para a prática de mergulho do mundo. E Sipadan tem apenas 0,12 km² de área. Uma caminhada de 25 minutos seria o bastante para dar a volta na ilha. Cercada por águas cristalinas, a ilha surgiu a muitos metros acima do solo oceânico. A apenas nove metros da praia, você estará em profundidades de mais de 600 metros. Isso faz com que todos os pontos de mergulho sejam facilmente alcançáveis por barcos.

Acima do nível do mar, a biodiversidade também é vasta. Declarada como santuário de pássaros em 1933, a densa vegetação de Sipadan suporta uma grande variedade de aves tropicais. Representando a fauna terrestre, também merecem destaque os crustáceos exóticos que rodeiam as praias e que, quando assustados, se debandam para o fundo das areias e o lagarto-monitor, da mesma família do Dragão de Komodo, mas inofensivo.

As areias brancas e finas das praias são cercadas pelos 700 hectares de recifes de corais, que crescem desde o fundo do mar até os 40 metros de profundidade, e quando vistos do ar, criam uma curiosa espécie de margem em torno da ilha. Esses recifes abrigam várias comunidades de crustáceos e peixes. É quase impossível mergulhar por lá e não se deparar com tartarugas, tubarões do recife, peixes crocodilos, cobras da água, mantas gigantes, fora os incontáveis cardumes de peixes. Enfim, Sipadan está no centro de um dos ecossistemas aquáticos mais ricos do mundo.

Considerando que a prática da pesca com explosivos é amplamente utilizada em boa parte dos oceanos Pacífico e Índico, a ausência de pescadores é uma benção para Sipadan. Ali, os turistas é que são os visitantes ocasionais: são atraídos pela idéia de encontrarem uma ilha praticamente deserta e pela possibilidade de mergulharem em um dos recifes mais bem conservados do mundo. Estes, felizmente, tratam a ilha como uma verdadeira jóia preciosa. O que ela realmente é. (Fonte: http://www.milmaravilhas.net/sipadan/)

Lago Crater 02 - Oregon - EUA




Lago Crater 01 - Oregon - EUA





O Parque Nacional do Lago Crater, no estado de Oregon, no sudoeste dos Estados Unidos da América, tem aproximadamente 741 km² de área. Sua principal atração é o Lago Crater, que repousa na caldeira de um vulcão que se explodiu e que posteriormente passou a ser chamado de Monte Mazama. O Lago Crater é o lago mais profundo do país, o segundo mais profundo da América e o nono mais profundo do mundo, possuindo 594 metros em sua parte mais baixa. Se olharmos a profundidade média do Lago Crater, que é de 350 metros, ele se torna o mais profundo do Hemisfério Oeste e o terceiro mais profundo do mundo.

A caldeira vulcânica tem uma elevação que de varia de 2.100 metros a 2.722 metros de altitude, no topo do Monte Scott. Acredita-se que o Monte Mazama tinha seu cume a 3.400 metros antes de se auto-explodir, há, aproximadamente 6.850 anos atrás. O resultado da explosão é uma imensa cratera, com 9,6 quilômetros de largura por 8 quilômetros de comprimento que depois foi sendo preenchida de água naturalmente. Por não possuir afluentes, o Lago Crater tem uma das águas mais límpidas e cristalinas do mundo. Cientistas já registraram visões a até 43,3 metros de profundidade sobre a superfície.

A tribo nativa Klamath, que pode ter presenciado o colapso do Monte Mazama e a formação do Lago Crater, há muito tempo consideram o lago como um local sagrado. Para eles, a explosão do vulcão ocorreu devido a uma batalha entre o deus do céu Skell e o deus dos infernos Llao. O primeiro grupo de pessoas não nativas que visitaram o lago foi um trio de prospectores de ouro, John Wesley Hillman, Henry Klippel, e Isaac Skeeters, que em 12 de junho de 1853 o encontraram por acaso enquanto buscavam uma suposta mina de ouro perdida. Maravilhados com a vibrante cor azul do lago, o nomearam de Lago Azul Profundo. Logo, acabaram esquecendo o ouro e passaram a conviver com os Klamath, que sugeriram o nome Lago Crater (lago cratera).

William Gladstone Steel (1854-1934) devotou uma boa parte de sua vida para conseguir transformar a região do lago em um parque nacional. Seu sonho se realizou em 22 de maio de 1902, graças ao presidente Theodore Roosevelt (1858-1919). Um chalé foi construído em 1915 para acomodar a administração do parque e seus visitantes que pretendem passar a noite no local.

O Lago Crater possui apenas duas ilhas: a Ilha Wizard é cone vulcânico, isto é, um monte fragmentos acumulados da explosão do Monte Mazama. Sua proeminência em relação à superfície do lago chega a 230 metros no ponto mais alto. Com cerca de 1,28 km² de área, a ilha guarda uma vegetação típica de floresta temperada e a rota de acesso mais fácil é a partir de barcos, que estão disponíveis durante os meses de verão. A Ilha Phantom Ship é muita pequena. Para muitos, não chega a ser uma ilha, mas sim uma coluna rochosa. Devido à ingremidade de seu relevo, é impossível a permanência de humanos na ilha.

O Parque Nacional do Lago Crater ainda dispõe de outras atrações. As principais são o Deserto de Pedra-Pomes e o Monte Scott.

O Deserto de Pedra-Pomes é uma área composta por uma espessa camada de pedra-pomes coberta por cinzas. Mesmo depois de milhares de anos de sua formação, a área não possui vegetação, devido a uma das principais características da pedra-pomes: absorve a água muito rapidamente. O Monte Scott é um pequeno vulcão com 917 metros de proeminência coberto por várias espécies de árvores típicas do bioma local, a floresta temperada.